quarta-feira, 23 de maio de 2007
Palavras esquecidas em uma folha de papel...
Sei que nada que escreva aqui vai mudar o que você sente por mim, e você nem deve mudar! Essas palavras são apenas desabafos desprovidos de qualquer singularidade distinta... São algumas palavras para agradecê-lo por Ter feito parte de minha simples vida...
Escrevo a ti palavras claras, pois já não tenho medo de me mostrar... Você já aproveitou todos os pedaços de mim que poderia e, me moldou como quis...
Aquilo que provavelmente pedi e que finalmente tive, veio para me deixar carente como uma criança que anda sozinha pela terra. Tão carente que nem todo o amor do universo poderia me consolar e me cumular... Um tal amor que não sei de verdade, por isso chamo de amor...
Eu quis nunca te ganhar, mesmo querendo, e, o que consegui foi Ter uma enorme tragédia!
Infelizmente, é só isso que posso dizer de nossa história... Prefiro te ser “sincera”? Bem, eu sou!
Porém, tudo aqui, se refere a uma vida que tivemos...
E, que se fosse ou tivesse sido real, não nos serviria... Não agüentaríamos... Nosso amor era insuportável! Abrir as portas para os nossos sonhos escaparem, foi a coisa mais sensata a fazer... Agora, o que nos restou foi o doce sabor destes nossos sonhos...
Eu estava lutando contra esta vaga primeira alegria que eu não queria perceber em mim, porque, mesmo vaga, já era horrível: era uma alegria sem retenção, era uma alegria sem esperanças...
Tentava articular uma palavra para resumir aquilo que morria, pois eu sabia que estava me despedindo para sempre de alguma coisa, mesmo junto a ti...
E já queria ceder a essa articulação de uma palavra que ainda não existia! Ter experimentado, já era o começo do inferno de querer, querer e querer... Minha vontade de querer era mais forte que minha vontade de salvação! Salvação que recusei!
Naquele dia, pela primeira vez, tratava-se plenamente de agora e, a angústia da incerteza me apunhalava por dentro como punhais de tortura chinesa... Já sabia que me seria melhor... Então, não contive minha cólera e joguei-a a você!
Foi assim que fui dando meus primeiros passos para o nada...
Hoje, minha atualidade inalcançável é o meu paraíso perdido!
Viver é sempre uma questão de vida ou morte!
Portanto, pode anunciar e gritar bem alto que morri!
Morri quando te beijei...
Morri quando te vi sair por aquela porta...
Morri quando não mais te tive a mim...
E isso é real... Pois ser real é assumir a própria promessa, assumir a própria inocência e retomar o gosto do qual nunca se teve consciência: O gosto do vivo!
Beijos,
Viva sempre...
Morra às vezes...
E nunca deixe nada te estragar!
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2 comentários:
Muito tocante o texto, me lembrou o termino do meu namoro porém to falando do lado da minha namorada e não do meu, acho que vi um pouco do que ela sentiu... =/
o Final do texto quando você fala assim:"Viva sempre...
Morra às vezes...
E nunca deixe nada te estragar!"
É uma das coisas mais certas que se existe, isso eu considero realmente viver...
vc escreve muito bem, linda.
Quero ler ainda muitas coisas. As vezes é difícil comentar coisas que mexem comigo.rs. No fundo, acho o que importa é: ah...vc é suuuuper talentosa.
Garota multiplos sentimentos. Revela em peças, papéis, cheiros, objetos, lugares, conversas.Parabéns.rs
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