Nostalgia
Ganhava-se a cada instante, uma nostalgia de alegria e de Jardim e sombra...
Ela descobria em si, uma tremenda vontade de viver...
Apesar de viva, ainda assim, provava o gosto estranho da morte!
Cada instante nu, era como ela se reafirmasse mulher e provasse a si mesma seu poder...
Poder de que?
De sentir em seu peito as batidas agudas de seu coração!
Mesmo este estando cheirando a carne crua de coração de porco arrancado e destroçado!
Sim, eu mesma escrevo a mim! Não que eu não tenha a quem escrever... Talvez tenha encontrado muitas razões para escrever e a quem escrever, mas, quem escreve a mim, se não eu? Ninguém!
Eu estou com uma sensação de agulha no peito! Pontadas espaçadas e de uma doce dor!
Distância nunca foi para mim um problema tão grande... Nem tão dolorido como vem sendo agora... E, mesmo que não seja apenas uma tal distância física, seja uma distância pré- determinada, obrigatória e simples, você ainda consegue fazer parte de uma grande parte de meus pensamentos... Não consigo esconder de mim, meu sorriso doce ao pensar em ti...
Sabe, foi tão bonitinho tudo... Seu sorriso sem jeito, seu olhar de canto... Seus ângulos desfocados de delicadeza e glória!
Mas, me contenho em mim!
Ainda assim, mesmo estando em certa distância, me prendo a ti!
Querendo, não querendo e limpando minha lágrima do olho esquerdo...
Sim, sempre do olho esquerdo!
“ Se a chuva quer é trazer você pra mim...
Vem cá que está me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim,
Não vá prá lá
Meu coração vai se entregar a tempestade!”
Marcelo Camelo
terça-feira, 22 de maio de 2007
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