Depois de um tempo morando no mesmo lugar, sabendo onde todas as coisas estão você se esquece de prestar atenção a sua volta. É como se alguma coisa tornasse o ambiente tão infinitamente prático e seguro, que não importa se as coisas realmente mudaram sem você perceber...
Ontem aconteceu.
Havia um relógio silencioso. Ganhado de mamãe para que eu nunca perdesse a hora. Logo eu, que nunca gostara de pensar em tempo, e sempre me atrasava para compromissos...
Coloquei-o no alto da parede, onde fosse à primeira coisa que visse ao acordar. E ele ali ficou. Fez parte, adentrou-se!
Há dois anos, parou de funcionar. E não havia quem conseguisse fazê-lo voltar a contar os segundos, os minutos, e finalmente, as horas!
Tentei de tudo. Troquei pilha, mexi em seus ponteiros, troquei de lugar, sacudi... E nada. Esforços em vão!
Decidi deixa-lo no mesmo lugar, com o horário que ele escolhera para morrer. Nove e quinze!
Portanto, sempre que algum amigo fosse para minha casa, o tempo parava. Era sempre nove e quinze!
Enfim, aconteceu...
Estava eu, sentada em minha cama, ao telefone, quando cresço o olho para o relógio e... Ele está girando... Olhei mais uma vez... Rodava! E marcava exatamente o horário que era naquele exato momento...
Assustei-me!
Será que alguém havia entrado em minha casa somente para fazê-lo ressuscitar?
Como voltara a vida? E na hora exata dos outros tantos relógios que espalhados por minha casa estão?
Ou seria eu que estivera enganada todo este tempo?
Quanto tempo existe entre nove e quinze?
quinta-feira, 19 de abril de 2007
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4 comentários:
Noooossa.
Se isso aconteceu realmente (ou o escrito é ficção) daria uma excelente historia.... não que a 'real' não seje boa....foda muito inclusive!!
O mistério do relógio.
hehehehe
eu chuto que foi um anjo!
Nossa repito um dos comentarios ,se for verdade pode virar um belo livro de terror ,caramba q estranho esse relogio
Há,as coisas quando têm que acontecer:acontecem.Ele estava cansado.Parou.Voltou.
Poxa!Queria um relogio assim.
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